Vocês não imaginam o quanto enrolei pra escrever esse post! É que, quando se trata de cabelo, de pintar os cabelos mais especificamente, muitas outras coisas estão envolvidas e vem junto no pacote. Então não dava pra simplesmente chegar aqui e dizer: “É assim que eu pinto, é assim que fica e esse é meu veredito“. Mas, como já dizia o velho ditado, antes tarde do que mais tarde nunca e cheguei aqui pra responder essa, que é uma pergunta que aparece com bastante frequência nos directs do nosso Instagram: “Kaka, de que cor você pinta os cabelos?“. Segue lendo, que eu te conto.
A primeira vez que pintei os cabelos na vida, foi aos 26 anos, em 2017. E na época, fiz só algumas luzes, nem dava pra dizer que pintei. Eu já tinha bastante cabelos brancos, e dizem que essa característica é genética. Se for mesmo, faz bastante sentido, afinal a nossa mãe (no caso, minha e da Lola) começou a ter seus fios brancos muito cedo. E aqui, é um ponto chave. Minha mãe sempre teve pavor dos seus fios, e cresci com ela me dizendo pra adiar ao máximo a “entrada” da tinta de cabelo na minha vida.
Segundo ela, uma vez que isso acontecesse, eu me tornaria refém da pintura – momento que ela sempre achou um saco. Nesse sentido eu via o quanto ela tinha razão, de 15 em 15 ou de 20 em 20 dias, lá estava minha mãe pintando a raiz, e disfarçando os fios brancos.
Vamos ser sinceras? Mulheres de cabelo branco sempre foram vistas como “envelhecidas” ou “desleixadas” e homens de cabelo branco como “charmosos”. Apenas mais um, entre tantos comportamentos machistas da nossa sociedade. Em suma, mulheres não podem envelhecer. Nós sabemos bem disso, afinal trabalhamos de perto com a indústria que mais vende artifícios pra adiarmos ao máximo esse momento, ou pelo menos, disfarçar os sinais dele: a da beleza.
Depois das luzes, eu preciso ser sincera, não lembro o que veio primeiro. Se foi a tinta de verdade, ou o Casting Creme Gloss. Mas, se eu tivesse que chutar, iria na tinta. Comprei em 2019 uma tinta enquanto estava com a Lola na Espanha, e pintamos meu cabelo. Eu lembro de querer mudar a cor, por simplesmente mudar, mas também lembro de não estar muito confortável com os fios brancos – por todas as razões mencionadas acima. A tinta em questão foi essa da imagem.
E abaixo, o antes e o depois dessa tinta que pintei na Espanha.
Depois, ainda pintei com uma cor chamada Vermelho Profundo. Sim, se você ainda tem alguma dúvida, eu queria muito seguir com o cabelo castanho, mas com fundo vermelho. Só que, depois do tal Vermelho Profundo, não tinha mais nenhum resquício de castanho nessa cabeça. E estava tudo bem. Eu gostei mesmo assim e estava me sentindo linda e ruivíssima.
Acima, antes e depois do Vermelho Profundo. Detalhe que a foto do depois, nem é no sol. Na verdade estava beeem mais vermelho que isso.
Também não consigo dizer com precisão quanto tempo depois comecei com o Casting Creme Gloss, afinal estou fazendo aqui quase um diário capilar, um registro da minha vida de coloração, então haja memória. O que posso dizer é que depois do Vermelho Profundo, nunca mais pintei com tinta. Só tonalizante. Detalhe importante é que eu só pintava, quando recebia visitas na minha casa. Minha mãe, minha sogra, minha prima… Até que um dia aquela dependência me incomodou e resolvi pintar sozinha.
E esse momento, eu registrei no Youtube. Vergonha pra que né? A melhor parte é que ele é um dos mais assistidos do nosso canal (aliás se você ainda não for inscrito, vai lá!). Assistindo o vídeo novamente lembrei também que estávamos em quarentena, e como a vontade de pintar era maior…
No vídeo inclusive eu conto que pintei de Castanho Claro, porque comprei errado e ficou muito escuro, então minha ideia era ir deixando mais claro. E foi assim que comecei a pintar com a cor de um milhão de dólares: Cocadinha. E eu alternei bastante entre ele e o Louro Natural, mas atualmente voltei para o Cocadinha.
Todo aquele vermelho da tinta já saiu do meu cabelo há muito tempo (no vídeo ainda tinha), então a cor que fica atualmente, é a do tonalizante com o tom natural do meu cabelo mesmo. Aliás, pelas fotos vocês vão ver que na verdade, o tom original do meu cabelo é mais escuro do que o tom que fica com o tonalizante. Dá pra notar quando a raiz está nascendo.
Antes de pintar.
Depois de pintar.
Agora voltamos ao ponto inicial: o dos cabelos brancos. Eu sei que muita gente quer saber se ele cobre realmente. A resposta é não! Eu começo pintando a raiz, e onde os fios brancos estão mais localizados. E fico mais tempo com ele, agindo, do que o recomendado. Então se você for fazer isso, é com a sua conta em risco, cada um é responsável pelo seu próprio cabelo. Mas importante dizer, pra não haver futuras frustrações, é que nem assim, ele cobre realmente. No meu cabelo, os fios brancos ficam loiros, mas não totalmente cobertos. Meu cabelo não fica uniforme, sabe? Não fica com uma única cor.
Pra mim, sim.
Eu amo o tom do meu cabelo, mesmo que em muitos momentos eu fique enjoada. Mas quem não é assim né? Faço super parte daquela turma que quando está com o cabelo curto, quer comprido, quando está comprido, quer franja, e por aí vai. E apesar de adorar mudar, e variar o visual, eu amo o tom. Por isso vale muito a pena. E principalmente, porque eu felizmente mudei bastante minha versão sobre os cabelos brancos.
Assim…vou falar que estou super contente e alegre com a presença deles? Que acho eles lindos em mim? Não, isso seria uma super mentira. E sempre foram os meus o problema, ver as outras pessoas com os seus cabelos brancos, nunca me incomodou. Hoje em dia posso dizer que vejo os meus cabelos brancos com mais gentileza, acho que a presença deles ali é cheia de significados, e tenho gostado muito mais de deixar eles disfarçados do que completamente cobertos. E isso é um processo. Não são todos os dias que me sinto dessa forma como estou relatando, e são muitas as variáveis.
Contudo, preciso dizer que estou com muitas mulheres incríveis perto de mim, incluindo minha mãe – que hoje em dia fez as pazes com os seus – que assumiram os cabelos brancos e estão ainda mais maravilhosas.
O Rainhas da Pechincha é naturalmente um reflexo daquilo que pensamos, do que acreditamos. E nós defendemos que é válido tudo aquilo que você faz pra si, pensando em você, estando bem com você, e não simplesmente “para os outros”. Se você gosta de pintar, tá ótimo. Se você quer assumir, tá ótimo. Que você tenha liberdade pra escolher, e definir essas escolhas baseando-se apenas em você. É isso.
Ah! Importante! Muitas pessoas falam sobre a agressão que o cabelo sofre com a tinta. Eu entendo muito pouco do assunto, mas sobre o Casting Creme Gloss tenho experiência de sobra pra dizer que o meu cabelo não fica agredido ou danificado.
Essa é a caixa do Cocadinha e se você resolver pintar seu cabelo em casa, seja da cor que for, já aviso que haverá um excesso de charme e beleza. Como não ficar linda com o cabelo cheio de tinta e com um pano da casa enrolado no pescoço pra não sujar o roupão?
A caixa vem com a tinta em si, a cor, e o leite revelador, que acredito que seja tipo uma água oxigenada. Mistura os dois e tá pronto. Vem também esse mini condicionador pra passar depois de remover a tinta, ele deixa o cabelo bem sedoso. A embalagem é pequenina, então é ótimo guardar e levar na necessaire depois como porta shampoo e condicionador #ficaadica.
O tonalizante dura bem menos do que uma tinta tradicional, quanto mais você lava, mais vai saindo, e desbotando. Eu pinto uma vez por mês, depende muito. Sei que está na hora quando a raiz já está muito aparente, e não gosto do aspecto que fica. Se esse for o seu caso, vai depender da rapidez com que cresce o seu cabelo. Quanto aos brancos, os meus deixam de ser loiros bem rápido. Em 20 dias mais ou menos já se tornaram brancos novamente.
Esse é o tom que fica na luz, e antes de pintar já está mais desbotado, como na foto da esquerda. Na foto da direita, se passaram 3 dias da pintura, então o ruivo está bem vivo e aberto.
Então essa foi e ainda é, a minha experiência com o Casting Creme Gloss. Acho um excelente produto, consigo encontrar ele constantemente em promoção, então se você ver ele custando acima de R$30,00 saiba que consegue encontrar por menos. E pra quem não quer o Cocadinha, não se preocupe pois essa linha tem muitas opções.
Não foi exatamente uma resenha, mas agora vocês entendem porque eu simplesmente não poderia falar apenas sobre o produto em si, né?
Espero ter ajudado, e se ficar alguma dúvida, deixa nos comentários.
Até a próxima!
Deixe um comentário