11 de agosto de 2019

Esses dias, compartilhei um dos vinhos que estava tomando e comentaram que seria interessante ter um post sobre o assunto. Fiquei pensando inicialmente que um post com esse tema num blog que aborda moda e beleza, poderia ficar esquisito. Depois refletindo, percebi que como o vinho é uma bebida que tomamos com bastante frequência, e faz muito parte do nosso cotidiano, então talvez fizesse sim sentido estar por aqui. O único problema é que somos apenas “bebedoras” de vinho e não “entendedoras”.

São vários os pormenores que envolvem essa bebida, tanto é que existe uma profissão específica – o enólogo – que forma pessoas ultra especialistas na área. Por isso, se torna até arriscado vir aqui falar sobre isso, mas a ideia é desmistificar um pouco e trazer o que sabemos – que é equivalente a um grão de arroz – porque a verdade é que pra beber, não precisa ter nenhuma formação. Talvez pra apreciar de forma mais precisa, e entender tudo o que está presente num único gole, seja necessário. Mas pra beber o vinho, você precisa apenas gostar.

Quero começar contando que o que sei sobre vinhos, aprendi com pessoas que sabiam mais que eu e me ensinaram. E mesmo tendo ido à alguns passeios em vinícolas (amo esses passeios), geralmente estava tão concentrada em degustar, que não prestava atenção nas informações que estavam nos passando. Fora que é muito fácil se embriagar nesses programas, então fica igualmente fácil se distrair e quando você percebe não entendeu nada. E só bebeu.

Existem vários tipos de vinho, mas quando se trata de vinho tinto, não costumo beber os que são suaves, mais adocicados, e nem vinhos coloniais, então sobre esses sim, tenho 0 conhecimento. Portanto, minhas dicas irão se ater – ao menos nesse post – ao tipo de vinho que estou mais acostumada, que são os tintos e secos. Os que mais me agradam, são os de pouca acidez e mais encorpados, com sabor amadeirado

– Se você for comprar um vinho chileno, as chances dele ser bom aumentarão se a uva for a Carménère, a mais clássica do país. Essa uva tem origem francesa, mas veio com os europeus pra América do Sul depois de quase ter sido extinta devido à uma praga nas vinícolas de lá. A mesma lógica vale pros vinhos Argentinos, que possuem como uva principal a Malbec.

– É importante verificar a graduação alcoólica. Aqueles que com teor acima de 14% possivelmente serão mais aveludados e escuros. Com teor alcoólico entre 13% e 14%, há a acidez, mas mais moderada, assim como aroma e sabor.

– O local onde o vinho é maturado, influencia no seu sabor final. Um vinho envelhecido em barricas de carvalho, pode deixar a bebida muito mais saborosa e aromática. O Carvalho produz substâncias diferentes e por conta dele um vinho pode ficar com aroma de caramelo, cravo ou baunilha, por exemplo. Os que são maturados em carvalho francês, são geralmente mais caros, e geram vinhos ainda mais complexos.

– Se você abrir uma garrafa hoje, e não conseguir beber toda no mesmo dia, o ideal é que ela fique no máximo 3 dias na geladeira, com a rolha. Assim que o vinho é aberto, e começa a entrar em contato com o oxigênio, ele já começa a perder suas características.

Não é porque um vinho tem uma rolha de plástico, e não de cortiça, que ele deixa de ser bom. Os vinhos com tampa de rosca, e rolhas de plástico são adequados para vinhos jovens, que não tem potencial de guarda e não irão demorar a ser consumidos.

– Eu não entendo absolutamente nada de harmonização de vinhos com comidas. Quando vamos em algum restaurante, e pretendemos tomar um vinho, sempre recebemos orientações do próprio local sobre as harmonizações. Mas, quando vamos tomar em casa, é possível que eu tome algo super gostoso e promissor, enquanto coma pipoca. Juro que gostaria de entender mais sobre isso, porque faz diferença nos sabores e na experiência que se terá com aquele rótulo. Então, em nome do jornalismo investigativo, reuni algumas informações relevantes num pequeno guia que pode dar um auxílio nesse quesito. E por incrível que pareça, dá sim pra harmonizar vinho com pipoca.

– Reserva, Gran Reserva ou Reservado? Essa denominação está ligada ao envelhecimento do vinho e varia de acordo com a legislação de cada país. Na Espanha, para um vinho ser Reserva ele precisa ter no mínimo 3 anos, sendo o último, necessariamente em barril de carvalho. Na Itália são 5 anos, sendo os últimos 3 no barril de carvalho. Já Chile, Argentina e Brasil, por exemplo, não possuem essa regras, então colocar essa nomenclatura fica por opção da vinícola. De qualquer forma, um vinho intitulado como Gran Reserva, significa que foi feito com as melhores uvas da safra, e ficou bastante tempo sendo maturado nas barricas de carvalho. O termo Reservado, costuma representar os vinhos mais simples, produzidos em grande quantidade e com pouco envelhecimento.

– Quando um vinho é feito com uma combinação de várias uvas, o termo usado é blend. E quando é feito com apenas um tipo de uva, o termo usado é varietal. Dependendo do local, ele pode ser considerado varietal, mas ter apenas 75% da mesma uva. Tanto um tipo, quanto o outro pode ser ótimo, depende muito do vinho em si.

A história de que quanto mais velho, melhor é um vinho não é tão verdadeira assim. É importante ficar atento ao “potencial de guarda” da bebida, que indica por quanto tempo ele pode ficar fechado mantendo sua qualidade, e a partir dessa data começará a perder suas características até que se torne impróprio para consumo. Os comuns costumam durar entre 3 a 7 anos, e os mais especiais, até 25 anos.

– Não se mede a qualidade de um vinho, pelo valor que ele custa. Claro que, quanto mais requintado for o processo da criação de um vinho específico, consequentemente ele ficará com um preço mais elevado. Mas mesmo assim, é possível encontrar opções com custo benefício muito bom.

Casa Perini || Estampa || Gato Negro || La Junta || Alma de Los Andes || Alpataco || Capellana || Castillo del Lago

Atualmente existe o aplicativo Vivino que é bem bacana na hora de escolher o vinho. Você só precisa tirar uma foto do rótulo, que ele imediatamente o localiza e apresenta não só as características e as principais informações, mas opiniões sobre quem já o consumiu. Eu, jurássica que sou, gosto de ter as coisas do jeito físico e não só virtual. Então desde o início desse ano, comecei a arrancar os rótulos depois que a bebida acaba e colar num caderno. Ao lado, acrescento a data que foi tomado, o valor que foi pago, o que achei dele, e uma nota de 0 a 10. E foi esse catálogo que me auxiliou na hora de escolher os vinhos favoritos na imagem acima.

Os vinhos que nós tomamos aqui em casa geralmente são ou de supermercados, ou do Evino. A Rede de Supermercados Angeloni, aqui de Santa Catarina, sempre coloca alguns vinhos com desconto, e de vez em quando lança a promoção em que comprando a segunda garrafa, de mesmo rótulo, ela sai pela metade do valor. E pra quem é de Floripa, dá pra encontrar promoções bacanas também no Imperatriz, Giassi, e no Brasil Atacadista. Mais uma opção de e-commerce é o Wine, que embora não tenha realizado ainda nenhuma compra, tô sempre de olho no catálogo deles.

E se você, assim como eu, tem muito interesse no assunto, fica a minha última dica: o blog Fashionismo. A Thereza tá na Blogosfera já faz muito tempo, e além de ter um blog de moda e beleza com conteúdo excelente, ela e o marido entendem muuuito sobre vinhos! Tanto é que, dedicam uma categoria do blog exclusiva para a bebida. Clica aqui pra conhecer.

Conta pra gente nos comentários: qual vinho você nos indica? Se ficou alguma dúvida, manda pra gente!

Escrito por: Rainhas da Pechincha
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